Presidência Moçambicana no CS "positiva" mas "desafiante"
Source: Angop - Agência Angola Press
Lisboa - A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, dá nota "positiva", embora de forma preliminar, a presidência de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 Estados-membros, sendo cinco permanentes e dez não permanentes.
Verónica Macamo falava domingo à AIM, em Lisboa, numa breve conversa mantida no aeroporto da capital portuguesa, durante escala a caminho de Nova Iorque, onde vai dirigir o último debate da presidência moçambicana no Conselho de Segurança, subordinado ao tema: "Manutenção da paz e segurança internacionais: O papel da mulher e da juventude", agendado para quarta-feira da semana corrente.
Classificando de presidência "desafiante", Macamo lamentou o facto de a diplomacia moçambicana ter trabalhado perante as guerras na Ucrânia, no Médio Oriente (entre Israel e Hamas), na República Democrática do Congo (RDC) e Sudão, entre vários conflitos no mundo.
Contudo, segundo a chefe da diplomacia moçambicana, "continuamos com a nossa bandeira de um mundo de paz e sem guerras" para permitir o desenvolvimentos "dos nossos países".
A ministra sublinhou igualmente a necessidade de se incutir nos jovens a ideia de que as disputas devem ser resolvidas por via do diálogo e não com o recurso às armas.
É necessários "plantar a semente da paz", referiu, acrescentando que as guerras provocam mortes de inocentes e destruição de bens.
A agenda de Verónica Macamo em Nova Iorque inclui audiências com altas entidades das Nações Unidas.
Moçambique assumiu, no dia 1 de Maio, a presidência mensal do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), durante a qual África esteve no topo das prioridades, com várias reuniões a abordar a paz, a segurança e o desenvolvimento no continente africano.
Como presidente do Conselho de Segurança durante este mês, Moçambique promoveu uma declaração presidencial que reitera o apoio aos objectivos estabelecidos na Agenda 2063 da União Africana, e incentivou as parcerias globais para acelerar a sua implementação, assim como apoiou a iniciativa sobre Silenciar as Armas em África e a Zona de Comércio Livre Continental Africana. ADR