Visão | Mudança radical no tempo: Vem aí o ar polar
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Este verão de São Martinho tem os dias contados. O que esperar do tempo para a segunda quinzena de novembro
Em Portugal continental, um anticiclone e a uma massa de ar subtropical invulgarmente quente para a época do ano encarregaram-se de nos proporcionar o habitual "verão de São Martinho". Mas o tempo ameno não é para durar. De acordo com a Meteored Portugal, um projeto nacional sobre informação meteorológica a nível mundial, o estado do tempo em Portugal continental vai sofrer uma "mudança radical" dento de poucos dias, provavelmente a partir de segunda, 20 - prevê-se que a segunda quinzena de novembro seja marcada pela chegada de ar polar ao nosso país, com tempo mais frio, mas menos chuvoso do que o normal para a época.
Segundo Alfredo Graça, geógrafo e especialista da Meteored Portugal, haverá uma provável descida acentuada das temperaturas, principalmente no período entre 20 e 27 de novembro, deixando grande parte de Portugal continental com temperaturas dentro da média para a altura do ano, com exceção para Alentejo Litoral e Algarve, "regiões onde se prevê uma anomalia térmica negativa, isto é, tempo mais frio do que o habitual". Nos Açores e na Madeira o padrão de temperaturas acima da média deverá manter-se na segunda quinzena de novembro.
Prevê-se ainda que a segunda quinzena de novembro seja consideravelmente mais condicionada pelas altas pressões em Portugal continental, "significando isto que a presença do anticiclone produzirá um estado do tempo geralmente mais estável e seco. Caso a precipitação surja, deverá ficar remetida à Região Norte", menciona o especialista.
Não se prevê que exista muita chuva na semana entre 20 e 27 de novembro no nosso território, o que deverá traduzir-se numa anomalia de precipitação negativa generalizada. "Para os Açores e para a Madeira avizinha-se uma segunda quinzena mais seca do que o normal. Para os últimos dias do mês em Portugal continental a incerteza na previsão aumenta significativamente, sendo que, com um jato polar mais ondulado, não se pode descartar nenhum cenário, inclusive o do regresso da precipitação", analisa Alfredo Graça.